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Bem vindo ao Visão Notícias - 13 de Março de 2025 - 13:45

POLÍTICA

Prefeita se recusa a demitir marido nomeado secretário com salário de R$ 10 mil em Várzea Grande

12 de Fevereiro de 2025 ás 07h 22min, por G1 MT

O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) pediu a intimação da prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), após ela descumprir a decisão judicial que ordenou a exoneração imediata de parentes nomeados em cargos comissionados ou funções gratificadas no município, incluindo o marido dela, Carlos Alberto de Araújo, nomeado secretário de Assuntos Estratégicos. O pedido foi apresentado nesta terça-feira (11).

g1 entrou em contato com a Prefeitura de Várzea Grande, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. Após a decisão da Justiça, na última semana, a prefeita disse publicamente que vai recorrer da decisão e não vai demitir o marido.

De acordo com o Portal da Transparência, a base salarial de um secretário municipal é de R$ 10 mil.

O documento assinado pela promotora de Justiça Taiana Castrillon Dionello, aponta que todos os parentes, até o terceiro grau, que estão ocupando cargos públicos devem ser exonerados, conforme a Lei Orgânica Municipal.

A decisão judicial foi assinada pela 3ª Vara Especializada da Fazenda Pública do município, no dia 3 de janeiro, e é resultado de uma ação do MPMT, que apontou nepotismo na administração municipal.

A Prefeitura deveria cumprir as exonerações imediatamente, sob risco de multa diária e a prefeita responderia por improbidade administrativa, em caso de descumprimento.

Inquérito

A investigação teve início em um inquérito civil instaurado pelo Ministério Público, que identificou nomeações irregulares na Prefeitura, no Instituto de Seguridade Social dos Servidores Públicos (Previvag), no Departamento de Água e Esgoto (DAE/VG) e na Câmara Municipal.

Antes de recorrer à Justiça, o MPMT recomendou as exonerações, mas a administração municipal manteve os servidores no cargo.

No processo, a Procuradoria-Geral do Município reconheceu as irregularidades e pediu seis meses para exonerar os servidores. O MPMT aceitou o pedido, e o Departamento de Água e Esgoto e a Câmara Municipal foram intimados, mas não se manifestaram no prazo determinado.