Mendes: "Oriento a dar retorno, mas pendengas sempre existem"
O governador Mauro Mendes (DEM) minimizou as críticas feitas pelo senador Jayme Campos (DEM) ao seu secretariado. Sem citar nomes, Jayme afirmou que não é atendido por pelo menos um secretário e nem recebe retorno de seus telefonemas.
Em coletiva à imprensa nesta terça-feira (21), o governador declarou que sempre orienta seus secretários a darem retorno a todas as demandas, mas disse que as vezes é difícil atender a todos. Mendes ainda reconheceu que "pendengas" sempre existem e podem ser resolvidas.
“Ele [Jayme] não fez [a reclamação] diretamente a mim, ele fez em público. Se fizer diretamente a mim eu vou ver detalhes ali e tentar as tratativas. Sempre que possível eu oriento os meus secretários a darem retorno”, disse.
“A gente deve respeito a todos. Se possível eu gostaria de retornar todos os cidadãos que passam mensagem para mim, que pedem uma audiência com o governador. Agora, eu daria aí umas 200 audiências por dia, responderia dois mil mensagens por dia e é humanamente impossível você conseguir isso”, acrescentou.
Mendes ainda declarou que o grande retorno do governo é dado ao cidadão.
“Temos um Estado melhor, uma saúde funcionando, uma infraestrutura muito melhor, um Estado a olhos vistos muito melhor do que nós encontramos há três anos”, afirmou.
“Eu estou muito feliz, mas não tem problema, algumas pendengas sempre existem e podem ser sempre melhoradas”, pontuou.
As críticas
As críticas de Jayme foram dadas nesta segunda-feira (20) durante a inauguração da ETA (Estação de Tratamento de Água) do Bairro Cristo Rei em Várzea Grande, evento em que Mendes também esteve.
Segundo o congressista, as ligações são realizadas para fazer pedidos sobre questões referentes às demandas da população, como reformas de pontes e recapeamento e pavimentação.
“Não peço nada que não seja republicano. Não sou empreiteiro, não sou fornecedor do Estado, nem prestador de serviço. O que eu quero é o mínimo de respeito até pela minha trajetória e biografia”, disse.
Jayme ainda relembrou que foi um dos apoiadores de Mendes na campanha de 2018, bem como teve o apoio do colega de partido no mesmo pleito. No entanto, ameaçou deixar o palanque se nada for feito.
“Eu exijo respeito. Caso contrário não me resta alternativa. Continuar em Governo que o secretario não te respeita? Não vai, né amigo. [...] Se não tratar o Jayme Campos como tal, não quer meu apoio. Se não quer meu apoio, tem quem quer. E eu vou caçar meu rumo. É aquela velha história: oferecido não tem preço”, emendou.