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Detida por vandalismo diz que viagem foi "bancada" por deputada de MT

16 de Março de 2023 ás 10h 38min, por MIDIA NEWS
Foto por Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

A aposentada Gizela Cristina Bohrer, de 60 anos, que foi detida por participar dos atos de 8 de janeiro em Brasília, revelou em depoimento à Polícia Federal que a viagem de Mato Grosso à Capital do País teve, entre os organizadores, a deputada federal Coronel Fernanda (PL).

O depoimento foi revelado pelo colunista Aguirre Talento, do site UOL, nesta quinta-feira (16).

Segundo a publicação, Gizela é moradora de Barra do Garças e disse à PF que, no dia 7 de janeiro, véspera do ato que resultou na destruição das sedes dos Três Poderes, saiu rumo à Capital Federal em uma caravana da deputada.

Também estavam entre os organizadores do grupo a ex-candidata a deputada federal Analady Carneiro da Silva (PTB-MT), e o ex-candidato a deputado estadual Rafael Yonekubo (PTB-MT), que ficou como suplente.

"Os três coordenam grupos de WhatsApp e organizam caravanas para Brasília há dois anos; que tais caravanas tinham por objetivo o apoio ao então presidente Bolsonaro, tais como fizeram por ocasião dos desfiles de 7 de setembro e 15 de novembro de 2021 e 2022", contou a idosa à PF.

"Todo mundo que vem nesses ônibus vem de graça e recebe todas as refeições de graça", afirmou. 

De acordo com a reportagem, além de citar os nomes deles, Gizela apresentou em seu depoimento os números de telefones dos três, que ainda são usados por eles.

Ao ser detida, a idosa teve seu celular apreendido e forneceu a senha aos investigadores, para permitir o aprofundamento das investigações.

Conforme a reportagem do UOL, essa é a primeira vez na investigação dos atos que parlamentares foram citados como possíveis organizadores das caravanas do 8 de janeiro.

Outro lado

A deputada federal e os outros citados pela aposentada como organizadores negaram ter participação no fretamento de caravanas para o dia 8 de janeiro.

Coronel Fernanda admitiu ter organizado em outra ocasião, mas que nada tem a ver com os atos de 8 de janeiro. 

"Em anos anteriores, quando tivemos aqueles primeiros movimentos, como do 7 de setembro, todos nós ajudamos, mas em 2023, não. Não tenho participação e nem sei quem é essa pessoa que está falando", afirmou ao UOL.

Já Analady Carneiro disse ter viajado para Brasília em outras oportunidades, mas também negou ter participado da ação daquele dia. “Ela se confundiu”, disse.

Rafael Yonekubo também negou atuação na organização. “Não fui nem organizei nada. Era meu casamento no dia 7 (de janeiro) e como eu já era alvo do ministro Alexandre de Moraes, não mexi com mais nada", disse.

Analady e Rafael já haviam sido alvo da Polícia Federal em dezembro passado em uma operação contra envolvidos em manifestações que incluem bloqueios em rodovias e pedidos de golpe militar.