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CAÇA DE ANIMAIS SILVESTRES

Deputado teme desgaste em eleição: "Projeto não é bem visto"

12 de Agosto de 2022 ás 07h 54min, por CÍNTIA BORGES E ANGÉLICA CALLEJAS
Foto por JLSiqueira/ALMT

O líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Dilmar Dal’Bosco (União Brasil), afirmou que a apreciação do projeto de lei que autoriza a caça de animais em Mato Grosso trará desgastes aos parlamentares em período de campanha eleitoral.

Segundo Dilmar, o projeto não é visto com “bons olhos” nem pelo Governo, nem pelos deputados, tampouco pela sociedade.

“De maneira nenhuma vai ser bem visto pelo Governo, pela Assembleia, nem por ninguém. É um projeto que não é só apresentar e aprovar. Tem que ser discutido. Acho que não é o momento”, afirmou o deputado.

“Vão ter críticas a todos os deputados, ao parlamento, E não é momento de ter crítica”, acrescentou.

O projeto é de autoria do deputado bolsonarista Gilberto Cattani (PL) e chegou a ser colocado em pauta na sessão de quarta-feira (10), mas foi encaminhado para a Comissão de Meio Ambiente da Casa.

A possibilidade de apreciação do texto foi alvo de críticas na internet e até da ativista da causa animal Luisa Mell. "Que esporte? Vocês matam porque são cruéis", disse a ativista ao pedir para que o projeto não seja aprovado.

Dilmar revelou que conversou com o deputado Carlos Avallone (PSDB), que é presidente da Comissão de Meio Ambiente, para que segure o projeto até o fim das eleições, que ocorrem no dia 2 de outubro. 

 “Eu até falei ao presidente da Comissão e ao Núcleo Ambiental da Assembleia Legislativa que segure o projeto e depois da eleição a gente discute. Não tem razão para discutir um assunto sério como esse em um momento que nós estamos [em campanha]. Só para críticas dos parlamentares que estão trabalhando”, afirmou.

O texto

O projeto de lei, apresentado por Cattani em janeiro desse ano, permite o “exercício da caça esportiva de animais, compreendido em atos de perseguição, apanha e abate dos animais”.

Os objetivos da caça esportiva, apontados no PL, são o fomento para a prática do esporte; o aumento da interação entre homem e natureza; o controle populacional de espécies consideradas ameaças ao meio ambiente, agricultura e saúde pública; o incentivo à conservação e manutenção dos habitats; bem como a conservação de espécies ameaçadas de extinção.

Assim, Catanni argumenta que Mato Grosso pode ser beneficiado com a aprovação da caça, bem como Estados Unidos, Austrália, Alemanha, França e Argentina, onde a prática é regulamentada.

Ele ainda apontou que, atualmente, apenas o javali tem a caça permitida no Brasil. E o classifica como espécie "exótica, invasora, com grande poder reprodutivo" e que "tornou-se um problema no Brasil".