Pedreiro João Ferreira acusado de matar criança em Sinop é assassinado - VÍDEO
O pedreiro João Ferreira da Silva foi assassinado na manhã desta quarta-feira (10), em Sinop. De acordo com informações preliminares, vários disparos de arma de fogo foram efetuados contra ele, que não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local.
João havia deixado ontem a Penitenciária Osvaldo Ferreira Leite, conhecida como Ferrugem. A polícia investiga se há relação entre sua saída do presídio e o homicídio, mas ainda não há confirmação sobre motivação ou autoria.
Equipes da Polícia Militar, Polícia Civil e da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) estiveram no local, realizaram os procedimentos de praxe e recolheram cápsulas deflagradas que devem auxiliar na investigação.
Segundo informações de testemunhas, João estava hospedado em um hotel quando dois homens chegaram, identificaram a vítima e efetuaram os disparos. Antes a arma apresentou falha.
O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML). O caso está sob responsabilidade da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que dará continuidade às apurações.
Como informado, o pedreiro João Ferreira da Silva, acusado de envolvimento na morte do menino Bruno Aparecido dos Santos, deixou a unidade prisional Osvaldo Florentino Leite, o Ferrugem, na tarde desta terça-feira (09) após a apresentação de um alvará de soltura expedido pela Justiça de Sinop. A decisão provocou forte repercussão na cidade, marcada até hoje pela brutalidade do crime ocorrido em 28 de outubro de 2005.
De acordo com as investigações da época, João teria atraído Bruno para a casa em construção onde morava. Em depoimentos prestados à polícia, ele confessou ter agredido e violentado a criança antes de cometer o homicídio. Em seguida, enterrou o corpo do menino próximo ao imóvel.
A família registrou o desaparecimento imediatamente, o que mobilizou buscas extensas por diversos pontos da cidade, incluindo matagais e áreas de difícil acesso.
Dez dias após o desaparecimento, João foi preso suspeito de cometer atentado contra outra criança. Durante diligências na construção onde ele vivia, policiais encontraram indícios que poderiam ligar o suspeito ao desaparecimento de Bruno — entre eles, bolinhas de gude que pertenciam ao menino. Foi então que João confessou o crime e indicou o local onde havia enterrado o corpo.
As provas reunidas incluíram laudo de necropsia, mapa topográfico de lesões, análise do local de morte violenta e a confirmação da ocultação do cadáver.
Apesar da confissão inicial, o acusado afirmou posteriormente, em juízo, que “não se recorda se foi ou não o autor dos fatos”.