Retorno do horário de verão: impactos na economia e os desafios em discussão
O retorno do horário de verão tem sido tema de debate nos últimos dias no Brasil, e após declaração do ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, que afirmou que a volta desse horário é uma possibilidade real, se levantou opiniões divergentes entre especialistas e setores da sociedade. Originalmente adotado como medida para economizar energia, o horário de verão foi suspenso em 2019, sob o argumento de que seu impacto econômico havia diminuído, especialmente com as mudanças na matriz energética e o aumento da eficiência nos sistemas de iluminação.
No entanto, sua possível volta tem gerado discussões sobre os efeitos que poderia ter na economia. Um dos principais argumentos a favor do retorno é que, ao estender a luz natural no final do dia, haveria uma redução no consumo de eletricidade em horários de pico, o que poderia aliviar a pressão sobre o sistema elétrico, especialmente em momentos de crise energética. Além disso, o comércio, turismo e serviços poderiam se beneficiar do aumento de circulação de pessoas durante o período extra de luz, impulsionando o consumo.
Por outro lado, críticos do horário de verão afirmam que os impactos positivos na economia são cada vez menos expressivos. O avanço das tecnologias de iluminação, como lâmpadas de LED, reduziu consideravelmente o consumo de energia, o que faz com que a economia gerada pela medida seja menor em comparação aos anos anteriores. Além disso, há estudos que apontam efeitos negativos sobre a saúde das pessoas, como distúrbios do sono e aumento do estresse, o que pode influenciar a produtividade no trabalho e gerar custos indiretos.
O setor industrial também apresenta pontos de vista variados. Algumas indústrias de grande consumo de energia poderiam ver vantagens na redução da demanda no horário de pico, mas outras, que operam 24 horas por dia, poderiam não sentir o mesmo efeito.
Diante disso, a volta do horário de verão dependeria de uma análise mais aprofundada de seus impactos econômicos e sociais. Caso volte a ser adotado, será importante observar se os benefícios superam os desafios em um cenário energético e econômico em constante transformação.