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Bem vindo ao Visão Notícias - 28 de Março de 2024 - 12:39

MAIOR DESMATADOR

Colniza (MT) é primeiro no ranking de desmatamento ilegal com 92%

21 de Abril de 2022 ás 15h 29min, por G1 MT

Dados do monitoramento por satélite da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema-MT) apontam que 92% do desmatamento registrado em Colniza, a 1.022 km de Cuiabá, entre 1º de janeiro e 28 de março, é ilegal. Desde 2019, o município registra o maior índice de desmate no estado.

Conforme o levantamento, apenas 8% da prática registrada neste ano na região tinha autorização da Sema.

Em todo o estado, foi registrado 62% de desmatamento ilegal, o que resultou na destruição de mais de 44 mil hectares, segundo o levantamento via satélite.

ColnizaBarra do Bugres e Apiacás estão entre os 10 que mais desmataram na Amazônia em fevereiro. Juntos, eles registraram 43 km² de devastação.

Ranking dos 20 municípios que mais desmatam e porcentagem de legalidade:

De acordo com a Sema, apesar do alto índice, o desmate legal, com autorização do órgão ambiental e respeitando a legislação brasileira, aumentou em Mato Grosso nos últimos anos.

Em 2019, o índice estava em torno de 5%. Agora chega a 38%.

Nesse mesmo período, houve mudanças para quem quer empreender em áreas de mata no estado, facilitando a autorização para o desmate. Atualmente, os empresários podem solicitar a liberação por meio da internet, com um tempo de análise menor.

Segundo a secretaria, as pessoas que desmataram de forma ilegal agora também são chamadas para se regularizar, por meio da conciliação ambiental.

Dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) apontam que Mato Grosso foi o que mais desmatou em janeiro e fevereiro, se comparado aos nove estados que compõem a Amazônia Legal.

Apenas em fevereiro, 96 km² de floresta foram derrubados em solo mato-grossense, o que corresponde a 32% do total. O estado também registrou a maior alta na devastação em relação a fevereiro do ano passado, de 300%.

Nas áreas de Amazônia Legal, em Mato Grosso, cada propriedade deve preservar 80% do território com vegetação nativa, e nas áreas de Cerrado e de transição, 35%. O restante da área é passível de autorização para desmate.

A Sema informou que realiza fiscalização remota e presencial no estado, além de campanhas de comunicação, nos municípios onde o desmate é majoritariamente ilegal.