Mendes garante que ferrovia estadual não será um "novo VLT"
O governador Mauro Mendes (DEM) garantiu que a primeira ferrovia estadual de Mato Grosso não trará à população os mesmos dissabores gerados pelo Veiculo Leve sobre Trilhos (VLT).
A obra na Grande Cuiabá, que deveria ser entregue para a Copa de 2014, não ficou pronta até hoje, e o Governo do Estado decidiu substituí-la pelo BRT (Bus Rapid Transit).
Mendes apontou que os recursos empenhados para a construção e implantação da ferrovia são 100% da iniciativa privada, diferente do VLT, em que os recursos para foram provenientes dos cofres públicos.
“Há uma diferença gigantesca. Primeiro é que 100% do recurso é privado. Segundo que a empresa tem todo interesse em fazer. Não há interferência, não há dinheiro público, nada”, afirmou Mendes.
A declaração foi dada na segunda-feira (20), quando foi assinado o contrato de concessão à empresa Rumo Logística S/A.
Ainda conforme o governador, há no contrato uma multa que a empresa pode pagar em caso de descumprimento das cláusulas.
“Ela tem que cumprir o contrato. Se não fizer, vai pagar uma multa gigantesca”, disse.
O projeto da ferrovia consiste na construção de 730 km de trilhos que vão interligar os municípios de Rondonópolis a Cuiabá, além de Rondonópolis a Nova Mutum e Lucas do Rio Verde.
A estrada de ferro conectará Mato Grosso à malha ferroviária nacional em direção ao Porto de Santos (SP). Os custos do modal estão previstos em R$ 11,2 bilhões.
A expectativa é de que o Terminal de Cuiabá seja concluído até o 2º semestre de 2025 e o de Lucas do Rio Verde, até o 2º semestre de 2028.
VLT
Orçada em R$ 1,47 bilhão, a obra do VLT foi iniciada em agosto de 2012 e deveria ter sido entregue em junho de 2014, antes do início dos jogos da Copa do Mundo em Cuiabá.
Entretanto, os sucessivos atrasos levaram a gestão de Silval Barbosa a fazer um aditivo prevendo o término para 31 de dezembro do mesmo ano. Porém, as obras foram paralisadas antes deste prazo, já que o Estado não realizou os pagamentos solicitados pelo consórcio.
Na gestão Pedro Taques, diversos desdobramentos ocorreram, como a deflagração da Operação Descarrilho, com base na delação de Silval.
Já na Gestão Mauro Mendes o modal foi descartado e em seu lugar dará espaço para as obras do ônibus de trânsito rápido (BRT).
A previsão é de que o edital para o início das obras seja lançando nos próximos meses.