Joaquim nega disputa eleitoral e quer "resgate da credibilidade"
O conselheiro Antônio Joaquim, do Tribunal de Contas do Estado, negou que tenha interesse de disputar uma cadeira ao Senado Federal nas eleições de 2022.
Nos bastidores circula a possibilidade de o conselheiro pedir aposentadoria logo no fim deste ano para poder disputar o pleito.
Em 2017, Antônio Joaquim tentou a aposentadoria para concorrer como governador de Mato Grosso, mas foi barrado poe meio de uma manobra do então governador Pedro Taques no Supremo Tribunal Federal (STF).
“Não há na minha agenda [interesse em disputar eleição], e digo com convicção que não está no meu radar. Não vou dizer que não vou me aposentar. Mas neste momento estou focado no tribunal, trabalhando cumprindo minhas responsabilidades”, afirmou.
“Não tenho como misturar minha atividade de conselheiro com política. Aliás, isso é ilegal. Nós somos regidos pela Loman [Lei Orgânica da Magistratura Nacional]. Eu não posso militar em política, nem em partido”, emendou.
Resgate
Antônio Joaquim disse que agora irá focar nas suas atribuições de conselheiro da Corte de Contas - cargo que esteve afastado por três anos e seis meses. Atualmente, Joaquim está a frente da coordenação da auditoria das receitas do Estado e da ouvidoria da Corte.
“Eu estou atrás agora de cumprir o meu dever de conselheiro e fazer da melhor forma possível a minha função. E com atitudes de coerência, tentar resgatar a credibilidade e minha reputação, que foi estraçalhada nesse processo”, disse.
Em setembro de 2017, Joaquim e outros quatro conselheiros foram afastados do cargo após serem citados em delação do ex-governador Silval Barbosa. Até o momento, nenhum foi denunciado e três retornaram às suas cadeiras.