CPI da AL adia votação de requerimento para convocação de Antônio Galvan
A CPI da Renúncia e Sonegação Fiscal da Assembleia deve votar na próxima quarta (15) o requerimento para convocação do presidente da Aprosoja Brasil Antônio Galvan. O pedido chegou a entrar em pauta hoje (13), mas a apreciação foi adiada porque o deputado estadual Valmir Moretto (Republicanos), sub-relator da área do agronegócio, não estava presente na reunião.
O requerimento para convocação de Galvan foi apresentado pelo presidente da CPI, deputado estadual Wilson Santos (PSDB). De acordo com o tucano, o produtor rural deve prestar esclarecimentos sobre o período em que presidiu a Aprosoja-MT devido as acusações de corrupção feitas pelo próprio filho em grupo de Whatsapp.
“A CPI vai dar oportunidade a ele se explicar, afinal foi o próprio filho que disse que quando o pai presidiu a Aprosoja Mato Grosso, ele malversou recursos que são oriundos do Fethab, então são recursos públicos. A Controladoria Geral do Estado tem esse entendimento que são recursos públicos. Então, nós queremos esclarecimentos. São quase R$ 500 milhões que passaram pela Aprosoja, desde a criação do Fethab, em 2000”, disse Wilson na manhã desta segunda.
"O relator da área do agronegócio é o Valmir Moretto e ele pediu pra que essas decisões tivessem a participação dele. Ele estará aqui até quarta-feira e vamos fazer uma reunião para discutir o assunto. Sou a favor [da convocação ]de todos aqueles que estiverem envolvidos em algum tipo de denúncia e que precisa ser apurado”, completou Carlos Avalone (PSDB).
O escândalo familiar ocorreu no grupo de WhatsApp do condomínio em que pai e filho moram na Capital. Nas mensagens, Rafael Galvan acusou o produtor de ter beneficiado a atual esposa, advogada Paula Boaventura, com um contrato da instituição no valor de R$ 1,5 milhão.
As acusações foram feitas dias após Galvan ser alvo do mandado de busca e apreensão cumprido pela Polícia Federal, dentro das investigações sobre ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, existem suspeitas o repasse de taxas obrigatórias recolhidas pelo Estado para a Aprosoja-MT, atualmente presidida pelo produtor rural Fernando Cadore.
Os saques nas contas da associação chegaram a ser bloqueadas por decisão proferida no dia 4 de setembro pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. Existe a suspeita do suposto uso do recurso público para financiar as manifestações do dia 07 de Setembro.